Não há uma certeza em relação à data do descobrimento da Ilha das Flores e do Corvo, tendo-se conhecimento apenas que ocorreu após o das restantes sete ilhas do arquipélago, no entanto, sabe-se que, em 1452, foram reconhecidas por Diogo de Teive.
Esta ilha foi, inicialmente, chamada de Ilha de São Tomás ou de Santa Iria, mas o nome foi posteriormente mudado para Flores, pela abundância de flores amarelas que revestiam toda a superfície. O povoamento inicial é atribuído ao flamengo Wilhelm van der Haegen que, depois de alguns anos, se muda para a Ilha de São Jorge, mais propícia à exportação da planta tintureira, chamada pastel, para a Flandres.
A partir do século XVI, diversos agricultores começaram a arrotear os campos e a produzir
cevada, trigo, milho, legumes e
também urzela (líquen utilizado em
tinturaria) e o mencionado pastel.
É nesta altura que as povoações
de Lajes e Santa Cruz recebem o
foral de vila.
Sofrendo sempre dos efeitos do
afastamento em relação às restantes ilhas do arquipélago, a lha das Flores mantém-se, durante séculos, num quase isolamento, interrompido esporadicamente pelas visitas das autoridades régias e de barcos vindos do Faial e da Terceira em demanda de óleo de cachalote, mel, madeira de cedro, manteiga, limões e laranjas, carnes fumadas e louça. Tal isolamento não consegue evitar invasões e ataques, da parte da esquadra inglesa, em 1587, e de navios corsários e piratas, um dos quais, segundo a tradição, se refugiou na gruta dos Enxaréus. Em 1591, travou-se, ao largo desta ilha, uma batalha épica, entre um navio inglês e a frota espanhola, imortalizada por Alfred Tennyson no poema The Revenge, o nome do navio inglês.
Faz também parte da sua história as incursões dos navios baleeiros americanos desde o século XVIII e até finais do século XIX, que tiveram uma intensa actividade em águas açorianas, caçando o cachalote e recrutando, entre a população local, marinheiros e arpoadores.
Já no século XX, deu-se o desenvolvimento da agricultura e da pecuária, a beneficiação das instalações portuárias, a construção de um aeroporto e a instalação de uma estação francesa de telemedida, abrindo novos horizontes ao progresso da ilha.
Na capital da ilha, Santa Cruz, está instalado o Museu das Flores, nas edificações de um antigo convento franciscano.
Do seu espólio constam inúmeras peças de restos de naufrágios, cerâmica, mobiliário e ferramentas agrícolas, canas de pesca e até uma guitarra feita de osso de baleia. Ainda em Santa Cruz, a Igreja de São Boaventura, datada de 1641, possui um belo coro, inteiramente esculpido em cedro. A sudoeste da capital, fica a tranquila Lagoa Funda, numa enorme cratera na base de uma montanha, e, da estrada, a oeste da mancha de água, podem ver-se as Rochas dos Bordões, estranhas formações verticais de basalto solidificado.
Mais a norte, ficam as localidades de Fajãzinha e Fajã Grande, um bom ponto de partida para os amantes de caminhadas, com impressionantes cascatas, como a Cascata da Ribeira Grande.
Foi Diogo de Teive quem achou as ilhas do Grupo Ocidental dos Açores, no regresso da sua segunda viagem de exploração, em 1452. A Ilha do Corvo terá sido descoberta em simultâneo com a Ilha das Flores, já que as ilhas se avistam mutuamente. Ao longo dos tempos, já possuiu várias designações, como Ilha de Santa Iria, Ilhéu das Flores, Ilha da Estátua, Ilha do Farol, Ilha de São Tomás e ainda Ilha do Marco, tendo este nome persistido durante alguns séculos por, para alguns, o Monte do Caldeirão servir como referência geográfica para os marinheiros ou, e mais provavelmente, pelo facto de existir um pequeno promontório a que foi dado o nome de Ponta do Marco, local onde, possivelmente, terá sido afixado algum padrão, como era hábito fazer-se nas novas terras descobertas.
Após várias tentativas falhadas de povoamento, iniciadas na década de 1510 a 12 de Novembro de 1548, Gonçalo de Sousa, segundo capitão do donatário das Ilhas das Flores e do Corvo, é autorizado a mandar para a ilha escravos da sua confiança, como agricultores e criadores de gado.
No século XIX assiste-se ao crescimento constante da emigração para os Estados Unidos da América e Canadá, com interregno entre 1925 e 1955, num processo que se prolongou até meados da década de 1980.
Com a inauguração do tráfego aéreo comercial, no Aeroporto da Ilha das Flores, em 27 de Abril de 1972, os corvinos começaram a sentir-se menos isolados do resto do Mundo.
Caldeirão: Situa-se no Monte Grosso e é uma cratera de um antigo vulcão, que deu origem à ilha, com 300 metros de profundidade e 2400 metros de perímetro. No fundo encontram-se duas lagoas de onde emergem pequenas ilhotas, que muitos associam ao arquipélago.
Hotel Servi-Flor
Rua Norberto Mesquita, Bairro Francês
Hotel Ocidental
Avenida dos Baleeiros Aldeia da Cuada
Turismo de Aldeia
Cuada, Fajã Grande
Reis
Rua da Boa Vista, Santa Cruz
Porto Velho
Avenida Emigrante, Lajes das Flores
Pôr do Sol
Fajãzinha
Baleia Ocidental
Zona Industrial Boqueirão, Santa Cruz das Flores
Sereia
Rua Doutor Armas Silveira, Santa Cruz das Flores
Beira Mar
Rua Porto, Lajes das Flores
Casa do Rei
Avenida Peixoto Pimentel, Lajes das Flores
A ilha das Flores tem uma superfície de 143 quilómetros quadrados, com um comprimento de 17 quilómetros e 12,5 quilómetros de largura máxima. A plataforma central, que se desenvolve entre os 500 e os 600 metros de altitude, tem no Morro Alto, com 914 metros, a maior elevação.
- Linguiça com inhames
- Sopa de agrião
- Caldeirada de peixe
- Mariscos
- Queijos
Hotel Comodoro
Caminho do Areeiro/Várzea
Casa de Hóspedes
Estrada para o Caldeirão
Hotel Comodoro
Caminho do Areeiro/Várzea
Casa de Hóspedes
Estrada para o Caldeirão
Esta é a ilha de menor dimensão de todo o arquipélago, tem forma oval e uma área de cerca de 17 quilómetros quadrados. Constituída pelo afloramento de um cone vulcânico, tem uma altitude máxima de 718 metros.
- Caldeirada de Peixe
- Queijo
Dos inúmeros trilhos que existem na Ilha do Corvo para caminhada, escolhemos o que leva do Miradouro do Caldeirão à Cancela do Pico, e que demora, em média, quatro horas a percorrer. Tem um grau de classificação elevado, principalmente devido à natureza do terreno, com acidentes naturais pronunciados, mas também com penhascos perigosos e a possibilidade de névoas repentinas. Os turistas devem ser acompanhados por um guia experiente. O trilho conduz ao rebordo da cratera, onde poderá apreciar paisagens magníficas do seu interior e dos penhascos circundantes. Existem muitas formações geológicas com grande interesse, em particular os cones vulcânicos. Este trilho atravessa uma área especialmente protegida e pede-se a todos os visitantes que façam os possíveis para mantê-la preservada em termos de biodiversidade do seu habitat natural.
Festa de Nossa Senhora dos Milagres
Festa em homenagem à padroeira da ilha; é aproveitada por cerca de 400 “convidados” (mais do que a população da própria ilha) para apreciarem a beleza e a quietude de viver naquela que é a parcela mais ocidental do território europeu. Também é a altura para apresentação da filarmónica local e realização de diversos concertos musicais destinados aos mais e menos jovens.
Localização: Vila Nova, Corvo
Data: 15 de Agosto
Festa do Espírito Santo
Estas festas são comuns a todas as ilhas do arquipélago, embora divergindo em alguns pormenores de ilha para ilha e até dentro da própria ilha. Todas as freguesias têm uma capela, chamada Império, com a respectiva irmandade. São consideradas as festas religiosas mais características de toda a etnologia insular.
Localização: Todo o arquipélago
Data: De Maio a Setembro, com especial ênfase no sétimo domingo depois da Páscoa
Festa do Emigrante
Festa popular de homenagem aos emigrantes que, por altura do Verão, regressam à terra natal. Esta é a oportunidade de muitos reverem outros companheiros de aventura que, após chegarem ao país de acolhimento, se separaram pelas mais variadas razões.
Localização: Lajes das Flores
Data: 15 a 19 de Julho
Festa de São João
O São João é um dos santos padroeiros com mais devotos, sendo comemorado a 24 de Junho. A origem destas festas data da colonização da Ilha Terceira, feita por fidalgos, e, sendo S. João o patrono da fidalguia portuguesa, os nobres que ali estavam instalados construíram uma ermida ao santo, para celebrarem as comemorações religiosas.
Localização: Ilhas Terceira, Flores e Faial
Data: 24 de Junho
Idioma
Português
Moeda
Euro
Fuso horário
Menos uma hora do que no continente, excepto no Verão (de Março a Outubro), em que é igual
Documentos
Bilhete de Identidade/Cartão do Cidadão