É um dos cenários naturais mais conhecidos do nosso país.
Em redor da serra da Estrela, a 1993 metros de altitude,
uma muralha de serras mais baixas encaminham os cursos de água que nascem na região. A paisagem vale por si e guarda segredos raramente desvendados.
Encaixado entre Celorico da Beira, Guarda, Covilhã, Seia e Gouveia, o Parque Natural da Serra da Estrela é uma área demarcada e protegida de 101 060 hectares, divididos entre o distrito de Castelo Branco e Guarda. Foi assim classificada pelo Instituto de Conservação da Natureza em 1976, por ser rica em espécies biológicas e para evitar eventuais �ameaças� em termos de ocupação de espaço. Talvez por isso mantenha até hoje a pureza que sempre lhe vimos.
O maciço central da serra da Estrela, com 1993 metros de altitude na Torre, oferece divertimento, boa comida e bons alojamentos. Os acessos são continuamente melhorados e as atividades paralelas de promoção turística estão
em crescimento.
Se Portugal é tipicamente um país de sol, calor e praia,
no inverno consegue ser igualmente um país de neve e desportos próprios da época. Por que não aproveitar o frio da melhor forma? Entre amadores e profissionais, o maciço central enche-se nesta altura do ano de amantes da água gelada,
que inventam formas de fazerem dela uma fonte de diversão. Mas se usar sacos de plástico para descer a encosta não o seduz, saiba que existem outras opções.
A estação de esqui Vodafone Serra da Estrela conta com nove pistas de dificuldade variável. Localizada na Torre, está coberta de um manto branco durante 120 a 150 dias por ano,
entre novembro e abril, graças a um inovador processo de neve artificial. Dispõe de todas as infraestruturas para a prática de desportos de inverno, bem como serviços de aluguer de material, aulas individuais ou de grupo e vários tipos de forfait (passes de utilização).
Diferente desta est�ncia é o Skiparque, um complexo entre Sabugueiro e Manteigas, que conta com uma pista de ski sintética de aprendizagem com uma inclinação média de 15 por cento, um half-pipe com uma inclinação média de 35 por cento e uma pista de descida de 400 metros de comprimento,
com uma inclinação média de 25 por cento.
Para além disso, tem uma praia fluvial, um parque de campismo e duas casas em xisto, onde é possível pernoitar.
São também organizados passeios pedestres e diversas atividades outdoor, como canoagem, BTT, jogos de orientação, parapente, rappel e escalada.
Consta que o melhor, ou um dos melhores queijos da serra,
é produzido em Mareco, perto de Penalva do Castelo. Mas vai encontrar esta delícia gastronómica em todos os pontos da serra da Estrela. Este produto certificado nacional é bem conhecido e profundamente apreciado. É um queijo de ovelha curado de fabrico artesanal, de pasta semimole, amanteigada, obtido pelo esgotamento lento da coalhada após coagulação do leite de ovelha cru, com cardo cynara cadunculus.
É produzido, essencialmente, entre novembro e março e o seu período de maturação deve durar, no mínimo, 30 dias. Deve ser cortado na parte superior em forma de �tampa�, para ser barrado em pão ou tostas devido à sua textura marcadamente amanteigada.
Se nunca provou, não pode perder. Se já conhece, delicie-se com os melhores que aqui são produzidos. Mas nem tudo é queijo na serra da Estrela. Não deixe de experimentar o arroz de carqueja,
as lampreias e o bucho de porco do Fundão, os pratos de cabrito e borrego e os enchidos que são de
�comer e chorar por mais�.
Se é fã de cães, saiba que na região pode visitar algumas quintas de criadores certificados do cão serra da Estrela, como a Quinta de São Fernando, em Manteigas, ou o Canil Cabeço do Seixo,
no Fundão, que trabalham por manter a pureza desta raça.
A postura de um cão serra da Estrela irradia calma e respeito. São conhecidos por serem dóceis com os donos,
mas por vezes agressivos com estranhos, criando grandes laços com crianças. Tiveram desde sempre a função de zelar pela segurança de pastores e rebanhos, defendendo-os de ataques de lobos ou de outros animais. São animais de grande beleza, de avantajada corpulência e de nobres sentimentos.
São 12 as localidades históricas de raízes medievais que fazem parte do projeto das Aldeias Históricas de Portugal. E vale bem a pena prolongar a estadia na região da serra da Estrela para conhecer este pequenos tesouros de História, património, cultura e tradição. Localizam-se de forma mais ou menos dispersa, num raio máximo de 100 km a partir da Covilhã e ao longo da linha da fronteira com Espanha. Devido à localização, constituíam uma rede de castelos que �protegiam� Portugal de eventuais ataques por parte de nuestros hermanos. Mais perto da Covilhã fica Belmonte, Sortelha, Piódão e Castelo Novo.
A norte fica Castelo Rodrigo, Marialva, Trancoso, Almeida, Castelo Mendo e Linhares (bem perto de Guarda) e a sul, Idanha-a-Nova e aquela que é conhecida como a aldeia mais portuguesa de Portugal, Monsanto. O projeto permitiu impulsionar a reconstrução e preservação destas localidades, gerando uma rede de iniciativas turísticas que as mantém vivas. Apesar dos pontos comuns, como os castelos, as muralhas, as casas e as igrejas, cada uma destas aldeias tem
a sua particularidade.
Almeida está rodeada por muralhas em forma de estrela, Belmonte tem um dos castelos mais intocáveis e em Castelo Rodrigo as atenções centram-se no Poço Cisterna e no Palácio de Cristóvão Moura. Em Idanha-a-Velha, a Torre de Menagem templária é magnífica; em Marialva a Porta do Anjo é emblemática; e em Trancoso as Portas de El-Rei recebem os visitantes.
Em Monsanto, a Torre de Lucano é um dos símbolos da �fama� que a aldeia ganhou e toda a envolvente natural faz desta localidade uma das mais �especiais� de Portugal. Uma viagem de História a agendar com brevidade.
Sabugueiro
É conhecida como a aldeia serrana mais alta do País, localizada a 1051 metros de altitude. Sobrevive, essencialmente, do turismo de quem vai a caminho da Torre. Tem moinhos e forno comunitário, a cascata de Ferverença e o vale glaciar Covão do Urso.
Lagoa Comprida
É uma paragem imperdível. É a maior lagoa da serra e tem origem glaciar.
A sua forma �especial� é fruto de fenómenos geológicos e climatéricos verificados ao longo de séculos.
Torre
É a construção do ponto mais alto da serra da Estrela. Os acessos foram melhorados e ao lado continua a existir um pequeno e castiço centro comercial em jeito de feira indoor, onde se vende de tudo � queijos, presunto, roupas, trenós, botas e bebidas são apenas alguns.
Covão d�Ametade
É o local onde nasce o rio Zêzere, o maior afluente do Tejo, a 1420 metros de altitude. É um ótimo local para uma pausa graças a um agradável parque de merendas.
Vale do Zêzere
Para os mais distraídos talvez não fosse um local a visitar, mas é imperdível. A paisagem é impressionante e conta histórias através de formas de origem glaciar.
Museu da Lã
Fica na Covilhã e está instalado na área das tinturarias da Real Fábrica de Panos. Preserva a memória de uma atividade histórica na região, mostrando os processos de fabrico e tingimento dos tecidos de lã.
Hotel Serra da Estrela,
Penhas da Sa�de
Chalés da Montanha,
Penhas da Sa�de
Pousada da Juventude,
Penhas da Sa�de
Hotel dos Carqueijais,
Covilhã
Hotel Tryp D. Maria,
Covilhã
H2tel, Congress and Medical Spa,
Covilhã
Aparthotel Quinta do Castelo,
Seia
Albergaria Senhora do Espinheiro,
Seia
Pousada de São Lourenço,
Manteigas
Pousada do Convento de Belmonte,
Belmonte
Casa das Penhas Douradas,
Penhas Douradas
Alquimia, H2otel, Covilhã
Moderno e requintado, aposta em pratos de fusão de alta montanha.
Casa de Campo, Covilhã
Inserido no Clube de Campo da Covilhã, é uma dos melhores e onde pode provar a verdadeira cozinha beirã.
A Cascata, Manteigas
Especialista em pratos de cabrito. Serve fora de horas no bar do primeiro andar.
Museu do Pão, Seia
Para além de espaço histórico, os menus de almoço do restaurante são muito completos. Só servem jantares à sexta-feira e ao sábado.
Mário, Fundão
Com mais de 40 anos de existência, começou por ser um local de venda aos que iam de passagem. Pode provar a sopa de feijão beirã, cabrito assado ou arroz de carqueja.
Casa da Figueira Grande, Teixoso, Covilhã
Moinho do Farinhas, Cortes do Meio, Covilhã
Casa da Ponte, Alvoco da Serra, Seia
Casa de São Roque, Manteigas
Casa das Penhas Douradas, Manteigas
Casa Lagar Alagoa, Vale da Amoreira, Manteigas
Quinta Formosa, Vale Formoso, Belmonte
Casa de Santa Ana da Beira, Paranhos da Beira, Seia
Acesso e dist�ncias:
A estrada nacional 339 é a �nica que dá acesso às Penhas da Sa�de e ao maciço central. As cidades mais próximas são a Covilhã e Seia. De Lisboa, 333 km (A1 e A23); do Porto, 202 km (A25); de Faro, 528 (A2 e A23).
Cuidados de condução:
Se vai conduzir na serra, deve levar consigo correntes de tração para colocar nos pneus do seu carro. Tenha atenção ao depósito de combustível, já que não existem bombas de gasolina no maciço central. Coloque antigelo no radiador da viatura e não estacione nas faixas de rodagem para não impedir a circulação de autocarros e limpa-neves. Se tiver estadia nas Penhas da Sa�de, não deixe o carro travado, pois o congelamento dos travões bloqueia a viatura. Esteja atento à meteorologia, siga as indicações de tr�nsito e privilegie uma condução defensiva.