Um mundo mais à frente
Amesterdão nasceu na foz do rio Amstel, numa região que não tinha mais do que extensos lagos e pântanos que se encontravam abaixo do nível médio das águas do mar. O pouco profundo mar do sul (zuiderzee) foi sendo conquistado pelas pequenas comunidades que aqui habitavam graças à construção de canais e diques. A cidade começa a desenhar-se como a conhecemos hoje, por volta do ano 1200, quando se estabelece uma pequena comunidade piscatória no local onde hoje é a bela praça Dam. Nos séculos seguintes, Amesterdão tornou-se num dos principais portos de comércio da Europa, fazendo a ligação das cidades da Liga Hanseática com o sul do continente. No final do séc. XV, mais de metade da navegação do mar Báltico era de origem holandesa.
Viajantes, marinheiros, negociantes, artesãos e mercadores juntavam-se aqui vindos de todo o território que hoje é a Holanda, a Bélgica e o Luxemburgo, ganhando a vida graças às trocas comerciais. Num estado sem um passado feudal digno desse nome, sem uma nobreza e um clero influentes tal como, na mesma época, aconteceu no resto da Europa, reinava o consenso social, o individualismo e o capitalismo mercantil. Seguiram-se séculos de prosperidade, reformas, ganhos contínuos de novos terrenos ao mar graças à drenagem e à construção de canais, disputas com ingleses e franceses e novas infraestruturas ferroviárias que conduziram um país centrado no comércio e numa espécie de self-made men ao estilo Europeu.
Renascida das duas guerras mundiais, a Holanda da segunda metade do século XX vive uma revolução cultural que transforma Amesterdão no que é hoje. Os hippies dos anos 60 vagueavam pela cidade, dormiam em sacos-cama nos parques e consumiam drogas leves em público. Mais tarde, surge o movimento Okupa que impediu a destruição do bairro de Nieumarkt, reclamando a sua reabilitação em prol da existência de habitação acessível no centro da cidade. Depois de alguns distúrbios, já nos
anos 80, o clima revolucionário é apaziguado e vive-se um espírito genuíno de tolerância e abertura. Até porque, nesta cidade, mais do que em qualquer outra, acredita-se na liberdade individual e vive-se diariamente o respeito pelo próximo. A prostituição foi legalizada em 1810 e os bordéis no ano 2000. A aprovação da lei do casamento entre homossexuais aconteceu em 2001 e o consumo de marijuana nas coffeeshops é livre e legal. A sociedade acredita que estas atividades nunca irão desaparecer. Por isso, o melhor para todos será se estas forem �vigiadas� pelo Estado.
Atualmente, a bela Amesterdão não tem mais do que 800 000 habitantes, dos quais quase metade são emigrantes oriundos de todo o mundo. O número de bicicletas equivale quase ao número de habitantes e é este o meio de transporte mais emblemático da cidade. Distribuída por entre mais de 160 canais e centenas de pontes, Amesterdão é uma pequena capital rodeada de água mas sem ser uma ilha, apaixonando qualquer viajante pela sua simplicidade e descontração. Um destino ideal para passear e desfrutar do melhor que a vida tem para nos oferecer.
É incontornável: a melhor forma de conhecer e palmilhar Amesterdão é de bicicleta. O trânsito de carros, bicicletas e peões está completamente regulamentado com vias, sinais, semáforos e cedências de passagem e, apesar do tráfego intenso, a bicicleta é o meio de transporte preferido dos holandeses. Por exemplo, ao lado da Central Station há um enorme parque de estacionamento com dois andares para bicicletas... Se a sua estadia não for muito longa, o melhor será alugar uma �amiga de duas rodas�. Para isso precisa apenas de um cartão de identificação e passaporte, e também um depósito adiantado. Percorra as margens dos canais, fazendo longos passeios de vários quilómetros para conhecer a cidade a sul e a norte do centro. As ciclovias estão marcadas a vermelho, opostamente aos passeios e à estrada.
Respeite os sinais de trânsito e as zonas onde deve levar a bicicleta pela mão, marcadas com um sinal de proibido. Saiba que os ciclistas têm prioridade exceto quando os veículos se apresentam pela direita e, ao estacioná-la, prenda-a com dois cadeados.
Por entre passeios de bicicleta e esplanadas entre canais, a cidade oferece, pelo menos, três museus imperdíveis. O imponente Rijksmuseum dá acesso ao bairro dos museus (Museumplein). O edifício, que interiormente faz lembrar a Central Station por ter sido desenhado pelo mesmo arquiteto, foi alvo de uma remodelação na última década e alguns dos quadros estiverem noutros pontos do país. Concluídas as obras, reúnem-se novamente aqui mais de 5000 quadros de alguns dos mestres da pintura holandesa e flamenga do séc. XV ao séc. XIX. A enorme tela A Ronda da Noite, de Rembrandt é uma das estrelas da coleção. Não deixe de passear pelo agradável jardim e aprecie as atuações dos músicos de rua no passadiço subterrâneo entre a fachada do museu e o Museumplein, um edifício construído aquando a Exposição Universal de 1883. Um outro ponto imperdível para os amantes de arte é o Museu Van Gogh, onde estão expostos mais de 200 quadros e 500 desenhos do artista, e de alguns contemporâneos como Gauguin, Monet, Bernard e Toulouse-Lautrec. O museu foi inaugurado em 1973 com o intuito de mostrar a coleção de que o irmão de Van Gogh era proprietário, mostrando também alguns objetos pessoais do génio, como novelos de lã que usava para perceber os contrastes da cor.
Para os amantes do século XX, Amesterdão tem uma das casas mais �famosas� da história da Segunda Guerra Mundial. Aqui viveu e se escondeu Anne Frank, a menina judia de 13 anos que escreveu o diário mais traduzido da literatura. O exército alemão ocupou a cidade em poucos dias, no ano de 1942, e a família Frank teve de se esconder num anexo secreto da sua casa onde viveram durante dois anos até serem denunciados. Faça a visita logo pela manhã ou ao final do dia para evitar filas maiores.
A cidade capital da vida boémia oferece uma diversidade enorme de salões de chá, cafetarias, bares de design, pubs e discotecas. Os cafés mais tradicionais são os bruine cafés, pequenos e com pouca luz, são geralmente muito antigos.
Os grand cafés são mais amplos e iluminados, com um mobiliário cómodo e mesas que convidam à leitura. Nenhumas destas categorias devem ser confundidas com os pubs (mais ou menos de inspiração britânica) e com as coffeeshops. Nestas últimas geralmente não se vendem bebidas alcoólicas mas os serviços passam pelo consumo de cigarros de
haxixe e marijuana.
Passear pelas estradas da Holanda é um deleite para os olhos, com as paisagens de moinhos e flores, e para o sabores. Se tem uns dias extra não deixe de visitar as vilas de Alkmaar e Haarlem. A primeira tem um dos mais antigos mercados de queijo da Europa, com origens no séc. XVII. Todas as sextas-feiras de manhã, a praça central desta vila tradicional é �invadida� por todo o tipo de queijos de várias cores, formas, aromas e sabores. Os especialistas fazem aqui a sua apreciação inserindo uma vareta oca no queijo para recolher uma amostra e analisar os níveis de gordura e humidade. Já Haarlem é uma cidade que mantém a estrutura do séc. XVII. Por entre edifícios históricos, pátios e jardins interiores, descubra lojas de antiguidades únicas. A praça principal oferece esplanadas, restaurantes e lojas inseridos em edifícios de época.
Praça do Dam
Local onde nasceu a cidade, destaca-se pelo Koninklijk Paleis, ou palácio real, a basílica de Niuwe Kerk e o Monumento Nacional. Daqui parte-se para a cidade velha de origem medieval.
Bairro Vermelho
Era conhecido pelos marinheiros desde o séc. XIV devido aos bordéis e às cervejarias. Hoje o bairro é caracterizado pelas mais de 300 montras de luz vermelha onde se exibem as mulheres dos bordéis. O bairro é seguro e concentra uma oferta única de teatros eróticos, sex-shops e lojas de lingerie sensual.
Jordaan
Bairro histórico de operários é a alma de Amesterdão. Casas pequenas de janelas adornadas com cortinas de renda, sem esquecer a senhora de idade que passa o dia à janela e sabe tudo o que se passa. Não se esqueça de espreitar os hoffiees, antigos lares de solidariedade construídos por burgueses endinheirados, constituídos por um pátio rodeado de casas.
Haarlem e ilhas ocidentais
Este bairro era o coração do porto de Amesterdão no séc. XVII. É uma zona menos turística e mais calma onde muitos armazéns foram transformados em casas e ateliers, muito procurados por pintores e escultores.
Oude Kerk
É a igreja mais antiga da cidade, data de 1306, e foi erguida em homenagem a S. Nicolau, protetor dos marinheiros, prestamistas e crianças. Situada a escassos metros do Bairro Vermelho, reflete uma das múltiplas contradições morais de Amesterdão. Recomenda-se a subida ao campanário.
Vondelpark
É um dos jardins mais concorridos da cidade. Tem lagos artificiais, relvados e caminhos sinuosos entre as árvores. Num dia de sol vai ver jovens a fazer desporto, casais de namorados, pessoas a ler, famílias a fazer piqueniques, acrobatas a treinar exercícios ou animadores de rua e músicos.
Bloemenmarkt
É um pitoresco mercado flutuante de flores e produtos orgânicos. Ideal para quem quiser comprar alimentos e verduras frescas, bem como sementes e bolbos de flores para trazer e plantar em casa.
Hotel NH Amsterdam Centre,
Centrum
Hotel Bellevue,
Centrum
Leidseplein Hotel,
Centrum
Renaissance Amsterdam Hotel,
Kattengat Centrum
Nova Hotel Amsterdam,
Dam Square Centrum
Hotel Vondel,
Vondel Park Centrum
Hotel Avenue,
Dam Square Centrum
West Cord Fashion Hotel,
Rembrandt Park, Overtoomse Veld
Ibis Amsterdam City West,
Sloterdijk
Eden Amsterdam Manor Hotel,
Oosterparkbuurt
Mercure Hotel Aan Amstel,
Over Amstel
Novotel Amsterdam City,
Buitenveldert
ArtemisHotel,
Nieuwemeer
Zaza�s
Centrum
Greenwoods
Centrum
Bussia
Centrum
Koh-i-Noor
Centrum
Gartine
Centrum
Broodje Bert
Centrum
Greetje
Centrum
De Kas
Centrum
De Klos
Centrum
D�Vijff Vlieghen
Centrum
Brasserie Vlaming
Centrum
Para além do mercado das flores, não deixe de passar pelo maior e mais dinâmico mercado da cidade que é o Albert Cuypmarket. Aqui pode encontrar comida de todos os cantos do mundo, roupa, e algumas velharias. O mercado de livros, em Mosveldmarkt, e o mercado de antiguidades, em Nieuwmarkt, são perfeitos para comprar achados, relíquias e objetos de culto.
Moeda
Euro
Idioma
O holandês pode parecer complexo mas é uma língua de influência germânica pelo que tem imensas parecenças com o inglês e/ou o alemão. O inglês é amplamente falado em todos os contextos.
Documentos
para estadias breves, os cidadãos da União Europeia não necessitam de documentos para além do Cartão do Cidadão ou Bilhete de Identidade.
Fuso horário
UTC/GMT + 1 hora
Os invernos são frios com neve e temperaturas negativas e os verões são quentes, sendo que chove durante todo o ano. O melhor mês para ir será em maio, quando a temperatura sobe e o ar primaveril faz-se sentir.