Esta cidade portuária é o maior centro financeiro da China, além de considerada como uma das mais cosmopolitas e vibrantes metrópoles nesta parte do planeta. Possui um imenso porto, do qual deriva o próprio nome, uma vez que Xangai significa sobre o mar. É uma cidade moderna e movimentada, mas, simultaneamente, oferece uma cultura diferenciada, rica em diversos aspectos que conduzem o visitante rumo ao passado.
Para a sua fama mundial muito terá contribuído, também, o sucesso da Expo Xangai, a mais ambiciosa jamais realizada, visitada por cerca de 73 milhões de pessoas. Este é, definitivamente, um destino em voga. Por isso, faça as malas e parta à descoberta das principais atrações desta fascinante metrópole.
Ao longo de um milénio, o desenvolvimento de Xangai, que evolui de simples aldeia piscatória a conceituado porto de alto mar, foi pacífico. Contudo, no século XIX, o Reino Unido entrou em guerra com a China, que se tinha oposto às entregas ilegais de ópio efetuadas pelas casas comerciais inglesas. Em 1842, navios de guerra britânicos incendiaram Xangai e avançaram pelo rio Yangtsé, rumo a Nanrei. Como resultado desta incursão, a China não só teve de permitir a importação de ópio, como também concedeu Hong Kong aos britânicos, além de garantir direitos de soberania às nações ocidentais sobre parte de Xangai.
Desde então, enormes fortunas se fizeram com o ópio em Xangai, cujos detentores construíram castelos privados e investiram em casinos, bordéis e antros de fumadores, conhecidos como �casas de ópio�. Porém, ainda mais que o tráfico de drogas, o comércio �normal� conheceu uma grande expansão, mormente através da exportação de seda, algodão e porcelana da China, e importação de maquinaria e aparelhagem doméstica oriundas do Ocidente.
Britânicos, americanos, franceses e alemães estabeleceram aqui os seus negócios, bancos, hotéis e clubes noturnos na margem do rio, que ficou conhecida como The Bund. Porém, após a Segunda Guerra Mundial,
as concessões atribuídas pelo governo chinês cessaram e Xangai passou a ser governada e financeiramente explorada a partir de Pequim,
pelo regime comunista.
Entre 1966 e 1976 a cidade foi a base de lançamento da Revolução Cultural de Mao e a economia estagnou. Os famigerados guardas vermelhos forçaram os engenheiros do porto de Xangai a abandonarem os seus postos, espancando-os e despromovendo-os a empregados de limpeza de latrinas.
Quando o bairro de Pudong foi declarado zona económica especial, em 1990, teve início uma nova viragem. Xangai tomou-se na cidade economicamente mais bem sucedida da China e o número de habitantes na zona circundante está também em expansão (em breve atingirá 20 milhões). Ao mesmo tempo, o antigo antro de vício atrai grande afluxo de turistas. A antiga moradia do magnata do ópio Victor Sassoon, agora o Cypress Hotel, é um dos que oferecem o máximo luxo.
Uma obrigação para os turistas é visitar os Jardins Yuyuan, planeados em 1559, com as suas cinco paisagens em miniatura. O complexo inclui um pitoresco pavilhão de chá, que pode ser alcançado apenas através de uma ponte em ziguezague com nove curvas. Supostamente, os dragões não a conseguirão passar, porque os espíritos malignos só se movem em linha reta. Espalhados por esta zona estão templos que vale a pena ver, onde budistas, confucianos e seguidores de outras religiões realizam os seus cultos.
Bund
Em chinês waitan, é o célebre cais comercial dos anos 30 situado junto ao rio Huangpu. Considerado na sua época como o conjunto monumental de estilo ocidental mais notável a leste do Suez, é um errático sortido de imóveis de estilo híbrido e antiguidades monumentais da época gloriosa em que Xangai era o principal porto da Ásia e o ponto de encontro entre o oriente e o ocidente. No Bund, pode navegar pelo rio Huangpu, desfrutar das vistas do Pudong, visitar o museu histórico (5, Waitan Lishi) ou ir às compras ao Friendship Store. Os seus edifícios mais emblemáticos são o Banco da China, o Peace Hotel, a Alfândega, o Banco de Hong Kong e Xangai e o Shanghai Club.
panorama Bund
Nova zona de Pudong
Mais extensa do que a própria Xangai, Pudong estende-se ao longo da margem oriental do Huangpu. Desde o início do seu plano de desenvolvimento, em 1990, que Pudong se transformou no centro financeiro da China. O distrito de Lujiazui é uma autêntica teia de arranha-céus. Os edifícios mais emblemáticos da zona são a extravagante torre Pérola do Oriente, com 468 metros de altura, que suporta as antenas de televisão e dispõe de centros de entretenimento, restaurantes e um hotel de luxo; o Museu Municipal de História e a torre Jin Mao, o edifício mais alto da China e o quarto maior do mundo, com vistas soberbas a partir da plataforma de observação que encontra
no 88.� andar.
Nanjig Donglu e Praça do Povo
Desde o Peace Hotel até ao Park Hotel, Nanjing Donglu foi tradicionalmente a principal artéria da cidade, com mais de 1000 lojas e grandes armazéns. É o antro comercial de eleição da população local, renovado em grande parte desde 1999. O Parque e a Praça de Renmin ou do Povo são considerados o centro de Xangai. Aqui encontram-se o Museu da Cidade, o Grande Teatro e o Museu de Arte.
Bairro Francês e Xintiandi
Corresponde ao centro da antiga concessão francesa em torno de Huaihai Lu e do Hotel Jinjiang. É a alternativa ao centro comercial de Nanjing Donglu, com muitos e grandes armazéns. Alberga ainda alguns dos melhores exemplos da arquitetura do início do século XX, com apartamentos estilo art déco e moradias neoclássicas.
É uma zona ideal para percorrer a pé ou de bicicleta. Perto de Huangpi Nanlu encontra Xintiandi, um ambicioso complexo comercial, cultural e de lazer, constituído por vários blocos restaurados de casas tradicionais, com restaurantes, bares e lojas de moda muito elegantes.
Jardins e bazar de Yu Yuan
No extremo norte oriental da cidade antiga encontram-se os jardins da dinastia Ming, hoje restaurados, e um centro comercial com muitas lojas de antiguidades e restaurantes, tudo bastante orientado para o turismo. A rua próxima do templo dos Deuses da Cidade (Chenghuang Miao) e o bazar de Yu Yuan são outros pontos a meio caminho entre a China tradicional e
a nova China.
Templo do Buda de Jade (Yufo si)
Um dos poucos santuários budistas ativos na cidade. Construído no início do século XX, alberga um buda de jade branco de mil quilos, coberto de joias. Outro vestígio do passado é o pagode de Longhua, parte integrande de um complexo que remonta ao século X.
Depois do Bund, a referência mais lendária de Xangai é o Peace Hotel, o velho Cathay. Construído em 1930, este edifício de 12 pisos pertencia a Victor Sasson, um judeu que amealhou grande fortuna com o comércio do ópio e investiu em imóveis e cavalos. Diz-se que possuía cerca de 1900 edifícios na cidade e dirigia os seus negócios a partir de uma suite situada no piso mais alto do hotel. Pelo velho Cathay passaram nomes como Charles Chaplin, George Benard Shaw e Noel Coward. Hoje continua a oferecer o luxo decadente daquela época irrepetível. A sua orquestra de jazz, composta por músicos octogenários, sempre foi um dos principais atrativos da cidade, especialmente entre os turistas ocidentais.
Shanghai Equatorial
Shanghai Jinjang Tower Hotel
Hilton Shanghai
Sofitel Hyland Hotel
Radisson Plaza Xingguo
Portman Ritz-Carlton
Grand Hyatt Hotel
Roupa confortável, leve e fresca, preferencialmente de algodão ou linho, e um casaco ou qualquer outro agasalho para os meses de Inverno. Não esquecer um chapéu, óculos de sol, protetor solar e um repelente de mosquitos.
Xangai é um paraíso para os apreciadores da boa mesa, reunindo centenas de restaurantes de vários estilos da gastronomia chinesa, reconhecidamente delicada e leve, preservando os sabores originais dos alimentos.
Mon the Bund
T8
Grand Hyatt
Le Garçon Chinois
Shanghai Old Restaurant
Xiaoshaoxing Restaurant
Meilongzhen Restaurant
Luyangcun Restaurant
Huifenglou Restaurant
Cloud 9
As zonas tradicionais para ir às compras sempre foram Nanjing Lu e Huaihai Lu, mas há outras possibilidades. Para peças mais pessoais ou tecidos a metro deve visitar o mercado de roupa de Dongjiadu. O melhor local para adquirir porcelanas de qualidade é a galeria do Museu de Xangai. A zona de Duolun Lu, no distrito de Hongkou, reúne antiquários, galerias de arte, livrarias e lojas de curiosidades, com artigos oriundos do início da era comunista e outros mais tradicionais.
Na gigantesca Xangai pode encontrar-se de tudo e a todos os preços. Em Huaihai Road, uma das principais vias públicas da cidade, há vários centros comerciais como a Praça 66. O chamado Shanghai Times Square supera em tamanho o nova-iorquino. Para os amantes das melhores imitações chinesas, nada como Shaanxi Road e Xian Yang Street; aqui, podem comprarartigos de todos os grandes desenhadores depois de regatear, enquanto as últimas produções de Hollywood se vendem em DVD a preços mínimos. O melhor local para comprar artesanato local e do sudeste asiático é Taii Kang Road. Para recordações da época comunista, não se pode perder Fan Bang Roa. O bazar de Yu Yuan é ideal para os amantes de antiguidades.
Moeda
Yuan
Idioma
A língua oficial é o mandarim. Em Xangai fala-se em dialeto wu; o inglês está bastante expandido nos serviços turísticos, mas não entre a população.
Documentos
Passaporte com validade mínima de seis meses e visto, que deverá ser obtido na Embaixada da China, em Lisboa.
Fuso horário
+ 07h00 (abril a outubro)
+ 08h00 (novembro a março).
O clima em Xangai é imprevisível, mas normalmente a primavera (de março a meados de maio) e o outono (final de setembro e início de dezembro) são as melhores épocas para visitar a cidade, embora chova bastante também na primavera.
Aconselha-se a não consumir refeições de rua e a não beber água da torneira. Não é necessária qualquer vacinação especial para entrar na China.
A China é considerada um país seguro. Em zonas muito turísticas, como noutros pontos do mundo, deve estar atento aos carteiristas.