Com um lindíssimo porto, praias assombrosas e montanhas alcantiladas, Palermo tem sido povoada desde tempos imemoriais. Repleta de culturas em constante mutação e mudando constantemente de alianças políticas e comerciais, já foi considerada a “mais conquistada cidade do Mundo”.
Nos primórdios da História siciliana, Palermo foi habitada por um povo conhecido por Sicani – poderão ter chegado à ilha por volta de 8000 a. C. – e as suas manifestações artísticas povoam as paredes das cavernas de Adduara, nos arredores de Palermo. Viveram numa relativa calma e pacificamente até ao ano 734 a. C., quando chegaram invasores por via marítima.
Os Sicanis foram conquistados pelos Fenícios, mas estes nunca conseguiram aproveitar na totalidade o seu rico porto, em parte devido aos vizinhos Gregos, que invejavam a sua excelente localização.
Claro que os Gregos não foram o único problema; a seguir vieram os Cartagineses, também interessados no poderio económico da cidade. Depois das Guerras Púnicas, Palermo tornou-se uma colónia romana, constituindo um dos mais importantes postos comerciais no extremo do império. Construíram estradas, templos e banhos públicos, que ainda hoje podem ser admirados. Naturalmente, a beleza e o valor comercial da cidade tornaram-na um alvo para os invasores germânicos, que a tiraram das mãos dos Romanos no Séc. V.
Entretanto, a Sicília começava a ser colonizada pelos Sarracenos, que, vindos do Norte de África, renomearam cidades e construíram elegantes mesquitas, de acordo com a sua crença religiosa. Cercaram Palermo em 831 e chamaram-lhe Balharm, tencionando transformá-la num centro de cultura islâmica que conseguisse rivalizar com Cairo e Córdoba. Foi capital da Sicília arábica até 1072.
Naturalmente, nenhuma cidade muçulmana estava a salvo dos Cruzados naquela altura. Reconquistada por estes em 1072, Palermo entrou, então, numa época dourada arquitectónica – as mesquitas foram convertidas em igrejas e construíram-se novos castelos. Muitas das edificações construídas nesta data ainda hoje são verdadeiras maravilhas, como a igreja de San Giovanni degli Eremiti, a Cappella Palatina e o Oratorio di Santa Zita.
O capítulo seguinte da História de Palermo assistiu ao nascimento do Reino da Sicília e Nápoles. Em 1194, o Império Romano conquistou a ilha e o Palazzo dei Normanni tornou-se Palazzo Reale.
Usada como moeda de troca entre reis ingleses, espanhóis e germânicos, Palermo continuou a crescer em prosperidade e beleza. Chegou a ser um dos mais prósperos estados de toda a Europa, patente nos imponentes edifícios da altura. A arquitectura barroca acabou por dominar o desenvolvimento e estes edifícios estão ainda muito bem preservados para os visitantes modernos explorarem.
Palermo está repleta de destinos apetecíveis e no centro histórico pode verificar como todos eles competem pela sua atenção. Esta é uma das razões por que todos os operadores aconselham uma estada de, no mínimo, três dias...
Aliando-se ao Reino de Nápoles em 1734, Palermo acabou por perder alguma importância. Diversas alte-rações políticas começaram a ter lugar em 1848, terminando com uma grande sublevação popular em 1860, quando o reino da Itália anexou a ilha e voltou a investir no desenvolvimento da região. Nasceu a Via della Libertá, assim como muitos edifícios em estilo art noveau, como o Grand Hotel Villa Igiea.
No Séc. XX, Palermo tentou passar incólume pelo tempo, mantendo-se muito sossegadinha e escapando ao período fascista sem qualquer alarido. No entanto, em 1943 foi invadida e fortemente bombardeada pelas forças aliadas, cujas cicatrizes, ainda hoje, se fazem notar na geografia da cidade. Posteriormente à guerra, vieram a lume as histórias sobre a Cosa Nostra e contrabandistas, que encheram inúmeras páginas de jornais e fazem as delícias dos turistas.
Felizmente, tal como em toda a Sicília, a História está a repetir-se em Palermo. Fundos que a Itália conseguiu na adesão à União Europeia estão a ajudar a desenvolver a região e a reconstruir a cidade. Muitos acham que uma nova era dourada está prestes a começar.
Hotel Orientale
Via Maqueda, 26
Mesmo no Centro Histórico, comodamente localizado perto da estação de comboios.
Grande Hotel Villa Igiea
Salita Belmonte, 43
Data do início do Séc. XX, com vitrais e pinturas na parede em estilo art nouveau, e está localizado perto do mar, inserido em jardins que contêm as suas próprias ruínas.
Hotel Porta Felice
Via Butera, 35/47
Hotel Plaza Opera
Via Nicolo Gallo, 2
Ambasciatori Hotel
Via Roma, 111
Hotel Garibaldi
Via Emerico Amari, 146
Hotel Vecchio Borgo
Via Quintino Sella, 1 - 7
Falkensteiner Hotel Palazzo Sitano Palermo
Via Vittorio Emanuele, 114
Excelsior Hilton Palermo
Marchese Ugo, 3
Grand Hotel et Des Palmes
Via Roma, 398
Residenza d’Aragona
Via Ottavio d’Aragona, 25
Grand Hotel Piazza Borsa
Via dei Cartari, 18
Mercure Palermo Centro
Via Mariano Stabile, 112
Casena dei Colli
Via Villa Rosato, 20/22
Grand Hotel Wagner
Via R Wagner, 2
Simpaty
Via Piano Gallo, 18
A sala de jantar proporciona uma magnífica vista para a baía do Mondello e a ementa é quase exclusivamente de peixe. Destaca-se o ricci (ouriços-do-mar) – servidos como antipasti ou molho para massas –, o polvo e as lulas.
Temptation
Via Torretta, 94
Esta trattoria propõe uma ementa muito bem confeccionada de antipasti de marisco, massas caseiras e secondi, utilizando ingredientes apanhados no próprio dia ou na noite anterior.
La Scuderia
Viale del Fante, 9
Este elegante restaurante continua ligado à gastronomia tradicional siciliana cuidadosa e bem confeccionada.
Trattoria al Cascinari
Via D’Ossuna, 43-45
Donna Ina
Via Messina Marine, 118
Ristorante Cin Cin
Via Daniele Manin, 22
Cucina Papoff
Via Isidoro La Lumia, 32
Pasticceria Oscar
Via Mariano Migliaccio, 39
Bye Bye Blues
Via del Garofalo, 23
Bellotero Ristorante
Via Giorgio Castriota, 3
Al Cancelletto Verde
Via R.Wagner, 14
Trattoria Al Vecchio Club Rosanero
Via Vicolo dei Giovenchi
Vucciria
É o mais conhecido mercado de Palermo que funciona na Praça da Concordia e ruas adjacentes. É tão tipicamente siciliano que se transformou numa atracção turística. Pitoresco, com todos os cheiros que exalam das especiarias, e ruidoso ( vucciria significa “vozerio” em dialecto siciliano), este lugar parece um encontro do Oriente com o Ocidente.
Documentos:
Basta levar o cartão de cidadão/bilhete de identidade (convém também levar o cartão europeu de seguro de doença).
Moeda: Euro
Idioma: Italiano
Diferença horária:
UTC/GMT + 1 hora
Uma das coisas boas ao visitarmos Palermo é sabermos que o tempo raramente nos impedirá de conhecer seja o que for, já que é temperado mediterrânico, raramente chovendo na Primavera no Verão. No Outono e no Inverno a quantidade de dias com precipitação pode alcançar os 40 por cento.